Logo Estudiantes 18-19 sin fondo

Depois de um bom começo no campeonato, queríamos conversar com Gustavo Soares, treinador da equipa da Liga EBA do Club Estudiantes Lugo, para que nos dê a sua opinião sobre a equipa e a competição.

Como avalia a época da equipa depois de 16 jornadas (quarto lugar com 9V-7D)?

Desportivamente, acredito que estamos cumprindo com os objetivos que nos propusemos no inicio da época.

Como equipa filial do Breogán todos os nossos jogadores estiveram presentes desde a pré-época nos jogos e treinos da primeira equipa, estamos ajudando diariamente nos seus treinos e jogos para que eles sempre tenham o número de jogadores que Natxo Lezcano precisa e o feedback que recebemos do corpo técnico é muito positivo.

Como equipa de formação, todos os jogadores melhoraram técnica e taticamente, jogam muitos minutos no campeonato da liga EBA e contribuem constantemente nos treinos da equipa de Leb Oro. Também para que a nossa formação acredite no trabalho diário, incorporamos na dinâmica da equipa 5 juniores, estão aproveitando a oportunidade de competir diariamente nos treinos e também estão a ter minutos em jogos da equipa da liga EBA e de primeira nacional.

Competitivamente, penso que esta primeira parte da temporada foi um pouco irregular, ganhamos a rivais da parte alta da classificação e perdemos contra rivais teoricamente mais fracos.

Foi difícil para nós o inicio da liga porque perdemos 5 jogadores importantes no ano passado o que nos obrigou (clube, corpo técnico e jogadores) a reinventar-se mais uma época.

Este ano, como o anterior, as contratações foram de acordo com os pedidos do corpo técnico do Breogán em conjunto com o nosso clube com a ideia de completar as duas equipas em posições onde havia menos jogadores e onde eles seriam necessários nos treinos.

Na pré-época chegou José Antonio (um jogador que já conhecíamos por ter jogado aqui e que foi considerado um dos 10 melhores jogadores da liga EBA por Zona Basquet pelos números que fez em León no ano passado) e Bartomeu (que veio de Mallorca tendo jogado com Marcos Polo e Javier Beltrán na equipa dos nossos amigos do clube CB La Salle).

Com a equipa por completar, conseguimos qualificar-nos para a final da Taça da Galiza.

A equipa só se completou com a chegada de Rimantas e Mor na quarta jornada da liga e isso fez-nos mudar a nossa maneira de jogar e dedicar muito tempo à integração desses dois jogadores que sabíamos que seriam importantes no grupo a largo prazo.

Todas essas mudanças na dinâmica e na forma de jogar levaram a resultados menos bons, mas uma experiência muito positiva, já que melhoramos individualmente em situações táticas e ficamos uma equipa mais competitiva e coesa, o resultado é uma série de 4 vitórias consecutivas nos últimos jogos e um balance 9-7.

Que é o que mais te está a surpreender esta época?

Esta época estou surpreendido com o nível da liga, as equipas reforçaram-se, o número de jogadores nacionais e estrangeiros com talento aumentou muito o que igualou as equipas e entre as posições que permitem ir a fase de subida e de descida de divisão existem apenas 3 vitórias. Acho que isso faz com que os jovens jogadores melhorem mais rapidamente, já que não há equipas fracas na liga. Todos os dias são de responsabilidade máxima, todos podemos ganhar e todos podemos perder, e duas derrotas seguidas colocam a equipa em postos de descenso enquanto duas vitorias seguidas deixam-te nesse terceiro posto para lutar pela subida.

Até agora jogaram 16 jogadores nos jogos da equipa EBA, 4 deles juniores. Como valorizas a participação dos jovens e a importância dessa competição no seu desenvolvimento pessoal?

A equipa EBA tem apenas 8 licenças e desde o início planificamos uma equipa pequena para abrir portas a todos os jogadores interessados ​em trabalhar e crescer, sejam juniores ou jogadores seniores da equipa da liga primeira nacional que querem estar em duas dinâmicas porque gostam de basquetebol ou porque pretendem tentar ser jogadores profissionais.

Jogaram 4 juniores com EBA mas estiveram na dinâmica de treinos 5 juniores, um deles ao ser de primeiro ano preferimos que jogue na equipa de primeira nacional para que possa ter muitos minutos. Para mim e para o clube, é muito importante ter juniores na dinâmica sénior e que eles tenham oportunidades.

Além dos minutos jogados (todos tiveram oportunidades) a experiência de treinar alguns dias da semana com EBA e até mesmo com Breogán faz com que compitam contra rivais mais experientes e mais físicos do que os que vão encontrar na liga júnior, preparando-os melhor para os jogos e para o seu futuro como jogadores.

Isto também é positivo para os jogadores seniores que precisam estar alerta e serem competitivos no trabalho diário, a dinâmica de treino é muito melhor com a presença desses jogadores.

Esta época também estiveram em dinâmica vários jogadores da equipa de primeira nacional que gostam muito de basquetebol e que nos ajudam a treinar, completam a convocatória e tem as suas oportunidades.

O que esperas daqui até ao final da época?

A segunda parte da época é uma incerteza muito grande, todas as equipas estão a perder jogadores importantes para ligas mais importantes e outras equipas estão a reforçar-se com jogadores com talento (Kevin de Ponferrada foi para a primeira liga da Finlândia, o nosso jogador Marcos Ruiz assinou em Ponferrada para acabar os estudos, ou por exemplo o nosso último rival que perdeu um americano no Natal).

Manteremos o nosso objetivo de treinar e desenvolver jogadores e continuaremos ajudando o Breogán. Deportivamente o objetivo é não descer (descen 6 de 16) mas agora nos vemos na 4ª posição a uma vitória do terceiro lugar e temos a ilusão de alcançar essa fase de promoção à que não fomos no ano passado por uma vitória, sabemos que faltam 14 jogos e que todos podemos ganhar e perder com todos, vamos jogo a jogo e rival a rival.

Pode ver a entrevista completa clicando aqui.